Oscar Pereira. Retrato de Marechal Floriano Peixoto (1901), óleo sobre tela. 104cm x 68cm. |
O governo de Floriano Peixoto foi o segundo governo do Brasil República e o último da Fase Republicana conhecida como República da Espada, e é marcado por duas grandes revoltas. Iniciou devido a renúncia de Deodoro, consequente da falha tentativa de um golpe, onde, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o cargo em 23 de novembro de 1891.
Segundo a Constituição de 1891, caso a presidência ou a vice-presidência ficassem vagas antes de se completarem dois anos de mandato, por qualquer que fosse a razão, uma nova eleição para a presidência teria que acontecer e cabia ao vice presidente fazer a organização dessa eleição, Floriano tinha essa responsabilidade, mas o que aconteceu foi o oposto, ele decidiu seguir até o fim governando ilegalmente, segundo a Constituição. De forma curiosa, o seu governo seguiu rigorosamente bem as leis da constituição, exceto a principal, a qual ele deu o golpe.
Floriano ficou conhecido como "Marechal de Ferro", sendo reconhecido pela habilidade que teve em resolver conflitos com medidas enérgicas para consolidar a república reagindo com violência às duas revoltas ocorridas em seu governo, sendo mais hábil que Deodoro. Conseguiu equilibrar em torno de si as principais ideologias e forças republicanas, os jacobinos e os positivistas, sem deixar de lado os cafeicultores liberalistas. Por mais que nunca tenha deixado de ser fortemente centralizador e autoritário, Floriano sempre se manteve nos limites constitucionais, de forma que, teve uma política econômica equilibrada entre os interesses sociais e populares do republicanismo radical e as ambições modernizadoras dos positivistas.
Segundo a Constituição de 1891, caso a presidência ou a vice-presidência ficassem vagas antes de se completarem dois anos de mandato, por qualquer que fosse a razão, uma nova eleição para a presidência teria que acontecer e cabia ao vice presidente fazer a organização dessa eleição, Floriano tinha essa responsabilidade, mas o que aconteceu foi o oposto, ele decidiu seguir até o fim governando ilegalmente, segundo a Constituição. De forma curiosa, o seu governo seguiu rigorosamente bem as leis da constituição, exceto a principal, a qual ele deu o golpe.
Floriano ficou conhecido como "Marechal de Ferro", sendo reconhecido pela habilidade que teve em resolver conflitos com medidas enérgicas para consolidar a república reagindo com violência às duas revoltas ocorridas em seu governo, sendo mais hábil que Deodoro. Conseguiu equilibrar em torno de si as principais ideologias e forças republicanas, os jacobinos e os positivistas, sem deixar de lado os cafeicultores liberalistas. Por mais que nunca tenha deixado de ser fortemente centralizador e autoritário, Floriano sempre se manteve nos limites constitucionais, de forma que, teve uma política econômica equilibrada entre os interesses sociais e populares do republicanismo radical e as ambições modernizadoras dos positivistas.
Entretanto, por seu governo ter iniciado com um golpe à Constituição de 1891, a oposição começou a acusar Floriano por manter-se ilegalmente à frente da nação, o que gerou em seu governo revoltas bem marcantes, sendo um dos períodos mais atribulados da história republicana brasileira.
- Embate dos Deodoristas: Quando assumiu, os apoiadores de Deodoro da Fonseca posicionaram-se contra a posse de Floriano. No meio dessa disputa política, Floriano decidiu substituir os presidentes dos estados, retirando todos aqueles que eram deodoristas. Em muitas de suas ações, o Marechal de Ferro contou com o apoio da maioria dos parlamentares. Esses parlamentares que apoiavam Floriano eram em grande parte paulistas que acreditavam que o Executivo deveria agir de maneira mais enérgica, naquele momento, para neutralizar as ameaças dos monarquistas que impediam a consolidação da república. Esse acordo entre Executivo e Legislativo fez, até com que os parlamentares aceitassem a suspensão dos trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado. Depois que retornaram os trabalhos, esses parlamentares determinaram que a permanência de Floriano na presidência era constitucional, embora a Constituição de 1891 determinasse a necessidade de serem realizadas novas eleições.
- O Manifesto dos 13 Generais (1892): 13 generais assinaram um documento contestando o governo de Floriano, expondo que era ilegal e exigindo a realização de novas eleições para a presidência da República. Floriano então determina a prisão de alguns generais revoltosos e o afastamento da ativa de outros. Em resposta a esses militares, Floriano decretou a aposentadoria compulsória deles. Mais tarde, ainda autorizou a prisão de cerca de 50 pessoas que convocaram manifestações contra ele, onde, muitos desses foram enviados para a região amazônica como punição.
- A Revolta da Armada (1893-1894): A insatisfação da Marinha, naquela época chamada de "Armada", com o governo de Floriano Peixoto deu início, em 1893. A Marinha ainda era um reduto monárquico, desta forma, tinha grandes implicações com a república desde o governo de Deodoro e com Floriano não foi diferente. Motivamos pela insatisfação em não ter mais espaço no governo e também pela atitude anterior do presidente aos 13 generais opositores a ele, membros da Marinha, como Eduardo Wandenkolk e Custódio de Melo, articularam uma rebelião contra o Governo Federal, mobilizando embarcações militares da baía de Guanabara a mirarem seus canhões em direção à cidade do Rio de Janeiro bombardeando a cidade durante semanas e trocando tiros com a artilharia dos fortes em poder do Exército. Esse motim estendeu-se até março de 1894, quando o presidente Floriano Peixoto, contando com o apoio da marinha norte-americana, rompeu o cerco marítimo que os rebeldes impuseram sobre o litoral da capital. Com isso, os revoltosos da Armada, abriram mão do cerco no Rio de Janeiro e muitos fugidos juntaram-se a outro movimento que acontecia no Sul do Brasil.
- A Revolução Federalista (1893-1895): Foi a revolta citada anteriormente, que também vinha acontecendo nas terras tupiniquins durante o governo do Marechal Floriano. Desde a Proclamação da República, existia uma disputa política intensa pelo controle do estado do Rio Grande do Sul, de um lado, estava o Partido Republicano Rio-grandense, conhecidos como Pica-Paus e liderado por José de Castilhos, do outro, estava o Partido Federalista, conhecidos como Maragatos e liderado por Gaspar Silveira Martins, essa disputa uma guerra civil no estado do Rio Grande do Sul entre os dois grupos oligárquicos. durante as eleições, Júlio de Castilhos acabou sendo eleito como presidente do estado, o que gerou uma enorme revolta Federalista acusando de terem sido roubado nas eleições, formaram então tropas (contando até com soldados uruguaios) e invadiram o Rio Grande do Sul, com cerca de três mil homens, no intuito de derrubar José de Castilhos e o Partido Republicano Rio-Grandense da presidência estadual. Marechal Floriano teve conhecimento dessa disputa e o perigo que ela poderia trazer para todo o país e se posicionou a favor de Castilhos enviando tropas para protege-lo, entretanto, os federalistas conseguiram vencer muitas batalhas ganhando bastante território, chegando até a conquistar as capitais Desterro de Santa Catarina e Curitiba do Paraná. Até que, em meados de 1894 os federalistas receberam o apoio dos fugitivos rebeldes da Revolta da Armada, entretanto, divergências entre membros do grupo federalistas enfraqueceram o movimento e as conquistas territoriais foram perdidas para as tropas florianistas, ocasionando em sua derrota.
Encouraçado Aquidabã bombardeando a Urca durante a Revolta da Armada em 1893. Ilustração de Eduardo de Martino.
O governo de Floriano Peixoto acaba em 1894, quando este, perdeu as eleições para Prudente de Morais. Embora contasse com o apoio dos paulistas, o grupo de oligarcas começou a organizar a sucessão presidencial do pais escolhendo Prudente de Morais, eleito em 1º de março de 1894 e tornando-se o primeiro civil a assumir a presidência da república. Demonstrando que não ficou satisfeito com a escolha do seu sucessor, Floriano Peixoto não compareceu à posse de Prudente de Moraes. O fim do governo do Marechal de Ferro, marca o fim da República da Espada, onde, depois de tumultuosos governos militares, o Brasil começaria sua fase civil na presidência.
- Algumas Curiosidades:
- Durante a Revolta da Armada e o bombardeio ao Rio de Janeiro, que era o anterior Distrito Federal, a população teve que abandonar a Cidade Maravilhosa e Petrópolis foi transformada na capital temporária do Brasil.
- O governo de Floriano era extremamente impopular entre os políticos liberais e outros grupos, como comerciantes e latifundiários, contudo, entre as camadas pobres do país, Floriano Peixoto era um presidente extremamente popular. Isso se deve ao fato de ele ter procurado amenizar os efeitos da Crise do Encilhamento tomado medidas que beneficiaram as camadas mais pobres.
O historiador Elio Chaves Flores fala que o presidente passou a simbolizar para essas classes um símbolo da “luta contra os monopólios, a especulação e os altos lucros”.
Referências e Fontes de Conhecimento:
- Aula de história do professor Vanderlei Marinho Costa - 19/03/2021
- https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-de-floriano-peixoto.htm
- https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/governo-floriano-peixoto.htm
- https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/governo-floriano-peixoto.htm
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