Foto da revista O Malho, de um dos carnavais de 1912. |
No ano de 1912, ainda no período da República Oligárquica, o folião brasileiro celebrou dois carnavais, a causa disso foi a morte do ministro da Relações Exteriores Rio Branco, faltando uma semana para começar o festejo na data tradicional. Pontuamos então algumas coisas para entendermos melhor como toda essa fanfarra aconteceu.
Os principais feitos e acontecimentos da sua vida foram:
Mediante tudo que foi apresentado, podemos entender como o ano de 1912 foi 2x mais festejado pelos brasileiros. Tais festejos em dobro, consequentes da morte de um ministro. O Brasil sendo o Brasil.
- Rio Branco, o herói nacional.
Tendo seu status de herói nacional, reconhecido a partir de documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi um jornalista, político, diplomata brasileiro e ministro das Relações Exteriores do Brasil, sendo considerado uma lenda devido seu "tato delicadíssimo" em resolver problemas nacionais com o exterior, a ponto de em 1904 ser aprovado um projeto de lei que lhe concedia uma pensão vitalícia em reconhecimento aos seus serviços prestados.Os principais feitos e acontecimentos da sua vida foram:
- Concluiu o traçado das fronteiras do Brasil, que até então contava com algumas linhas pendentes.
- Como diplomata, sem ser ministro ainda, ele atuou em movimentos internacionais para incorporação de algumas localidades ao território brasileiro, como o atual oeste de Santa Catarina, que era disputado pelo Argentina em 1895, a área referente ao Amapá, Roraima, o norte do Pará e o norte do Amazonas, que eram disputados pela França, em 1900.
- Mediante seu sucesso nas missões anteriores, em 1902, ele foi convidado pelo presidente Rodrigues Alves, para tornar-se ministro das Relações Exteriores.
- Em 1903, conseguiu integrar o território do Acre ao Brasil, a partir de algumas negociações com a Bolívia e o Tratado de Petrópolis.
- Somando toda a área que Rio Branco ganhou para o Brasil, agregando ao seu território, seria equivalente a toda a Região Sul do país mais o estado de Pernambuco.
- No ano de 1910, o ministro foi convidado por políticos de São Paulo para concorrer à Presidência da República, mas ele acabou não aceitando e em seu lugar, entrou Ruy Barbosa, que acabou derrotado pelo marechal Hermes da Fonseca.
- Faleceu no dia 10 de fevereiro de 1912, com 66 anos, devido uma insuficiência renal, deixando o Brasil todo de luto.
- Para homenageá-lo, foi dado o seu nome à capital do estado do Acre e meses após a sua morte, o Senado e a Câmara autorizaram o governo federal a gastar mais de mil contos de réis para construção de um monumento em sua homenagem.
- O Luto Carnavalesco.
Com a morte de uma figura brasileira importante faltando uma semana para o Carnaval, o país caiu em luto e lamúrias pela perda de alguém importante para a história brasileira, muitos clubes em sinal de respeito a Rio Branco adiaram os bailes carnavalesco para abril. Entretanto, muitos brasileiros não aderiram totalmente a esse luto e caíram na gandaia em fevereiro, seguindo o calendário normal do Carnaval e repetindo os festejos em abril, com outros cinco dias de duração.
Na capital da República, Rio de Janeiro, muitos fizeram fila no Palácio do Itamaraty para o velório do ministro Rio Branco e acompanharam seu caixão até o Cemitério do Caju. Devido a toda essa tristeza carioca e brasileira, alguns clubes que organizavam bailes, decidiram cancela-los e remarcá-los para a semana da Páscoa, pois, acharam que seria desrespeitoso promoverem os festejos carnavalescos nesse período após a perda de alguém importante para os brasileiros.
Na capital da República, Rio de Janeiro, muitos fizeram fila no Palácio do Itamaraty para o velório do ministro Rio Branco e acompanharam seu caixão até o Cemitério do Caju. Devido a toda essa tristeza carioca e brasileira, alguns clubes que organizavam bailes, decidiram cancela-los e remarcá-los para a semana da Páscoa, pois, acharam que seria desrespeitoso promoverem os festejos carnavalescos nesse período após a perda de alguém importante para os brasileiros.
Contudo, para alguns foliões, todo esse tempo de espera até abril seria torturante, então eles concluíram que uma semana de luto já seria suficiente e nisso no sábado de carnaval se fantasiaram e foram para as ruas se celebrar o Carnaval.
"Passado" o luto e a Quaresma, veio a segunda onda carnavalesca, dessa vez contando com festejos mais diversificada do que no primeiro, visto que, os foliões puderam se divertir tanto nas ruas quanto nos bailes nos clubes.
"Passado" o luto e a Quaresma, veio a segunda onda carnavalesca, dessa vez contando com festejos mais diversificada do que no primeiro, visto que, os foliões puderam se divertir tanto nas ruas quanto nos bailes nos clubes.
Mediante tudo que foi apresentado, podemos entender como o ano de 1912 foi 2x mais festejado pelos brasileiros. Tais festejos em dobro, consequentes da morte de um ministro. O Brasil sendo o Brasil.
Referências e Fontes de Conhecimento:
- WESTIN, Ricardo. Morte de Rio Branco fez Brasil ter dois Carnavais em 1912. Arquivo S do Jornal do Senado. Brasília: 11 de março de 2019. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/554766/Arquivo_S_11_03_2019.pdf?sequence=1&isAllowed=y>
- https://www.ebiografia.com/barao_riobranco/
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